Saiba como promover a sustentabilidade a partir de trabalhos colaborativos nas escolas
O objetivo desta prática é expor os alunos a uma prática pedagógica significativa, envolvente e que lhes possibilite atribuir sentido à escola e ao currículo, envolvendo-se e intervindo num um problema social, que é a questão do lixo. Além disso, introduzir e ampliar o conhecimento sobre robótica, elaborando construções, levantando e testando hipóteses, aguçando a curiosidade, Robótica com sucata, promovendo a sustentabilidade, a partir de um trabalho colaborativo entre equipes.(s):
O que é:
O projeto “Robótica Sucata” possibilitou a construção de utensílios reciclados do lixo retirado das ruas de São Paulo como forma de mediar a construção de conhecimento sobre conteúdos curriculares, eletrônica e robótica.
O trabalho foi organizado para mobilizar uma prática pedagógica e formativa, que incentivasse a aprendizagem dos alunos pela sua criatividade e os estimulasse na experimentação de ideias e na exploração de pesquisas, visando propor soluções locais à comunidade. Uma das soluções foi a reciclagem de lixo, que deu origem à construção de robôs e materiais de eletrônica.
Como fazer:
Etapa 1:Etapa 2:Etapa 3:Etapa 4:Etapa 5:Etapa 6:
O diagnóstico inicial teve três etapas: observação, roda de conversa sobre o uso das tecnologias e a questão social do lixo, possibilitando a participação dos alunos.
Estabeleceu-se um roteiro e, para compreender os conhecimentos prévios, envolvendo questões norteadoras, foi feita uma avaliação diagnóstica por meio do Google Forms. Isso garantiu que todos os alunos respondessem, gerando, de maneira instantânea, o resultado para a conversa e os próximos passos do trabalho.
Foram realizadas também pesquisas para conhecer o repertório dos alunos e sua percepção sobre o meio ambiente e tecnologias de auxílio.
Numa aula externa, levei os alunos para conhecer o problema do lixo. Indaguei como eles poderiam utilizar tecnologias para solucionar a questão.
No início, eles tiveram dificuldades para compreender a proposta. Por isso, foram necessárias mais aulas externas na comunidade da Vila Babilônia, onde está localizada a escola, para que os alunos pudessem sentir e imaginar o problema. Essa atividade teve a presença dos pais e o auxílio de uma máquina fotográfica para registrar o momento, além de roteiro definido para observar o entorno.
Fotografamos pontos críticos da comunidade e recolhemos materiais recicláveis, como garrafa plástica, tampinhas, canudos, palitos, brinquedos quebrados, papelão e rolinhos.
Levamos esses materiais à escola para que os alunos sentissem e imaginassem a intervenção que poderíamos realizar.
Conversamos com moradores da comunidade, sensibilizando-os sobre a questão de descartar o lixo em lugar adequado.
Fizemos um ofício à Prefeitura Regional do Jabaquara para que cuidasse e zelasse pelas áreas públicas necessitadas do bairro. Para isso, utilizamos uma carta formal e os conhecimentos de Língua Portuguesa. O conteúdo foi feito de forma coletiva, num exercício de cidadania e uso social da língua.
Trabalhamos os conteúdos de Ciências no estudo do meio ambiente, do problema do lixo e dos danos causados como alagamento e doenças.
Discutimos sobre como melhorar essa situação, criando campanhas e também usando os canais de comunicação da escola e as redes sociais. Enfatizamos a importância dos 3R (Reduzir, Reutilizar e Reciclar).
Em Geografia, abordamos a questão do córrego e dos cuidados com a água. Aproveitamos para estudar o que é um lençol freático. Em nossa visita à mina de água local, observamos no entorno uma quantidade muito grande de lixo. Enfatizamos isso aos órgãos públicos em nossa carta.
Um grupo de alunos foi eleito para entrar em contato com com a Prefeitura Regional do Jabaquara. Também encaminhamos reivindicações de melhoria nas condições do bairro.
fonte. Educação é a Base
foto: SESI