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Lixo é rota de transmissão para o coronavírus; saiba como proteger garis e catadores de recicláveis

Novos estudos têm indicado que o tempo de sobrevivência em materiais inertes é maior que inicialmente pensado

Em meio à pandemia da covid-19, muito já se fala da importância de, ao fazer compras, higienizar itens antes utilizá-los. No entanto, esquece-se de comentar sobre o que fazer com o material na hora de descartá-lo.

O momento pede um cuidado redobrado com a forma que se trata o lixo, porque ele é mais um meio de contágio do novo coronavírus, de acordo com a bióloga e professora de Gestão Ambiental da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Soraya El-Deir.

Sobretudo no caso dos rejeitos produzidos por quem está doente e em isolamento domiciliar. E a população mais vulnerável a essa forma de contaminação são os trabalhadores da limpeza urbana, serviço considerado essencial e ao mesmo tempo invisível para muitos.

A pesquisadora falou que é possível afirmar que as pessoas já estão se infectando dessa forma. Isso porque já se sabe da capacidade do vírus de sobreviver por horas ou dias em certas substâncias. “Na hora que eu descarto um material que tem resquícios de coronavírus, ou por contato dentro da casa ou de fora, ele vai continuar com um potencial de gerar o contágio para terceiros”, advertiu.

Novos estudos têm indicado que esse tempo é ainda maior que inicialmente pensado. “No cobre ele passa 4 horas, no papelão pode chegar a 5 dias, plástico até 3 dias, aço até 3 dias, madeira 4 dias. vidro 5 dias. A pesquisa diz que, a depender das características de umidade e temperatura, alguns podem chegar até 9 dias”, alertou El-Deir.

O perigo é grande especialmente para os catadores de recicláveis informais. “Eles já têm potencial de comorbidades, porque trabalham em alto nível de insalubridade, e em sua maioria moram em habitações subnormais onde convivem em realidade de aglomeramento diário e não há oportunidade de afastamento social”, explicou.

Como descartar o lixo de maneira adequada?

O jeito de acabar com a rota de contaminação do lixo, disse a bióloga, é quebrando o primeiro elo, dentro de casa. Existe uma forma adequada para lidar com os detritos e, assim, preservar essa população. O cuidado é uma demonstração de solidariedade com quem têm exposto a saúde e a vida para garantir a limpeza das cidades. El-Deir opina que se trata de uma questão de responsabilidade social ou civil. “Nós que temos que dar esse passo e auxiliá-los. tanto em tomar cuidado, mas de fazer doação de equipamento também”.

Para entender a melhor forma de cuidar dos resíduos (aqueles que são recicláveis) e os rejeitos (impossíveis de ser reaproveitados), deve-se separar o descarte em duas condições: quando há pessoas doentes dentro de cada, e quando todos os indivíduos estão saudáveis. De toda forma, sabe-se que o número de casos da doença é subnotificado, especialmente considerando que muitos são assintomáticos. Portanto, todo cuidado é pouco.

Materiais recicláveis

Antes de serem jogados fora, os resíduos que normalmente seriam destinados à coleta seletiva precisam passar por cuidados específicos.

“Limpar todos os vasilhames e envoltórios e deixar ao sol direto por no mínimo 30 minutos. O sol tem capacidade de dificultar a persistência do vírus em materiais inertes. É um processo muito simples”, detalhou.

fonte JC Pernambuco

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