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Como reciclar o poliestireno expandido (EPS) para convertê-lo em tintas

O Poliestireno expandido -também conhecido como isopor- é um material plástico amplamente utilizado na indústria da construção, principalmente para isolamento térmico (e em alguns casos, acústica) das envoltórias das edificações.

Mas é possível reciclá-lo e aplicá-lo novamente em outros processos construtivos? Sabe-se que o EPSpode se tornar matéria-prima para a fabricação de novos produtos plásticos, quando triturados e compactados. No entanto, a reciclagem pode voltar a ter impacto na construção de projetos arquitetônicos e urbanos, ao ser convertido em tintas e revestimentos.

As tintas à base de EPS foram desenvolvidas pela Idea-Tec, empresa criada em 2014 por dois químicos chilenos, com o objetivo de gerar tecnologias de reciclagem para resíduos pouco tratados.

Após 3 anos de pesquisa, surgiu uma solução que permite reciclar entre 3,3 a 5,5 kg de EPS por lata de tinta, dependendo do produto. A substituição de uma matéria-prima virgem por um resíduo evita a emissão de CO2 em 15,3 kg por lata; uma contribuição ambiental que se reflete na folha LEED® e no certificado de emissão de CO2 de cada pintura.

Os resíduos são recebidos na usina de reciclagem e ingressam em uma máquina especialmente projetada para este processo. Quando misturado com diferentes aditivos, obtém-se um concentrado de EPS que tem uma consistência semelhante ao mel. Este produto é então usado como matéria-prima para a produção de tintas. Para obter tintas de diferentes características técnicas, todos os processos seguem o mesmo caminho, mas os aditivos e suas proporções variam.

Entre os produtos desenvolvidos com base nessa reciclagem estão as tintas de alto tráfego, para demarcação de estradas e pintura de piso, apresentando uma aderência efetiva ao concreto e ao asfalto. Estes podem ser lavados e secos rapidamente, e podem ser aplicados manualmente ou através de sistemas de pulverização (spray).

Em um âmbito mais doméstico, podem ser aplicadas diferentes cores nas paredes e como vedações de acabamento para pisos vitrificados ou cimentícios, ou como impermeabilização de superfícies de alvenaria, argamassa ou concreto.

fonte: /www.archdaily.com.br

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