Dentre as inúmeras mudanças de comportamento provocadas com a pandemia, a preocupação com uma casa mais confortável e funcional tem sido uma das principais buscas por parte dos brasileiros
Com a necessidade de trabalhar remotamente ou de ter que transformar o próprio quarto em “sala de aula”, por exemplo – devido às medidas preventivas e de distanciamento social nos momentos de agravamento da doença – espaço e conforto viraram critérios indispensáveis para casas e apartamentos.
Com a nova percepção criada a respeito do lar, com crescente procura por imóveis mais espaçosos, a queda acentuada nas taxas de juros motivou boa parte do aquecimento do mercado imobiliário e da construção civil no último ano.
Seja através da aquisição de novos imóveis ou de reformas na própria residência, a tendência é a maior exigência quanto à estrutura.
Esse movimento do consumidor segue em ascensão e, com a volatilidade no mercado financeiro, principalmente no brasileiro, o setor imobiliário torna-se cada vez mais promissor aos olhos do investidor.
Mercado em expansão
A busca por um imóvel que atenda a essas novas necessidades vem movimentando o mercado imobiliário desde o ano passado e as perspectivas são de crescimento também em 2021. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) estima um aumento entre 5% e 10% do mercado imobiliário neste ano. Ainda, um levantamento realizado pela Deloitte, em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), mostra que 53% dos empresários do ramo acreditam que a procura por imóveis aumentou entre outubro e dezembro.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos imobiliários em 2020 somaram R$123,97 bilhões, um crescimento de 57,5% na comparação com 2019. Ao final do ano, o valor do saldo total nesses financiamentos chegou ao maior nível na história, de R$ 700 bilhões. Por isso, esse é um mercado promissor para investimentos em 2021.
Novo ou usado, brasileiros apostam em reformas para lar mais aconchegante
Improvisar um espaço pode ser efetivo por um curto período de tempo. Mas, com o passar das semanas, um escritório ou academia na sala começa a incomodar.
Muitos brasileiros que possuem um quarto a mais – de um filho que já cresceu e saiu de casa, por exemplo – optaram por remodelar a estrutura para priorizar o conforto na rotina em casa e as camas antigas das crianças dão lugar a novos projetos.
Adequar uma sala para o home office – tão necessário durante a pandemia – ou para a prática de exercícios com itens básicos de musculação e outros esportes requer cuidados específicos com materiais e a preparação do piso. O auxílio de um profissional de arquitetura ou engenharia pode evitar problemas futuros.
Além disso, outra reforma comum tem sido o fechamento das áreas abertas entre cozinha e sala. Com mais tempo em casa ao preparar as refeições, o cheiro pela casa não agrada a todos os gostos.
Outra reforma que tem sido tendência é a troca de pisos convencionais pelos de porcelanato, tornando o ambiente mais elegante e clean.
Muitos brasileiros vem apostando na reforma como alternativa para melhorar a funcionalidade dos ambientes e tornar o lar um espaço mais confortável. Esse movimento gerou, inclusive, alta acumulada na inflação registrada no setor de materiais de construção, que chegou a 8,06% de janeiro a novembro do ano passado, de acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi).
Todas essas opções de reformas envolvem gastos expressivos que podem não estar no orçamento. Se esse for o caso, um empréstimo pode sair mais barato do que atrasar uma parcela e ficar no vermelho.
Fonte: https://www.nsctotal.com.br/