A elevação fez com que as centrais mecanizadas de triagem de lixo reciclável do município, que antes operavam com capacidade de 50%, passassem a trabalhar em 70%.
A quarentena na capital paulista está mudando o perfil do lixo produzido pelo paulistano. De acordo com a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), da prefeitura de São Paulo, o período de isolamento social fez com que houvesse queda de 56% nos resíduos recolhidos pela varrição das ruas, diminuição de 12% do lixo comum e aumento de 25% na coleta seletiva. Os dados consideram a primeira quinzena de abril em comparação a igual período do ano passado.
A prefeitura considera lixo comum os resíduos produzidos nas residências e estabelecimentos comerciais pequenos, que geram até 200 litros de lixo por dia. A redução desse tipo de resíduo, segundo a Amlurb, deve-se ao fechamento temporário de serviços presenciais não essenciais no município no período da quarentena.
Segundo o levantamento, foram coletadas 4 mil toneladas de resíduos recicláveis nos primeiros 15 dias de abril. No mesmo período em 2019, foram recolhidas 3,2 mil toneladas, um crescimento de 25%. A elevação fez com que as centrais mecanizadas de triagem de lixo reciclável do município, que antes operavam com capacidade de 50%, passassem a trabalhar em 70%.
“Esses números, que são dados preliminares, podem estar ligados a uma maior adesão dos paulistanos à reciclagem, assim como uma menor geração de resíduos nas ruas durante o período de quarentena por causa do coronavírus”, informou a Amlurb, em nota.
Em relação aos dados de varrição, nos primeiros 15 dias do mês, foram recolhidas 1,8 mil toneladas de resíduos, quantidade muito menor que a coletada no mesmo período do ano passado: 4,1 mil toneladas. Ao todo, foram registradas cerca de 2,3 mil toneladas a menos – o que representou uma queda de mais de 55%.
Edição: Fábio Massalli – Agência Brasil
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